quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"HOMENAGEM A PATATIVA DO ASSARÉ"



Patativa foi um sábio
Da faculdade da vida
Aprendeu com os arcanjos
Sua vida foi sofrida
Homem de caráter Sã
Provou ao escrever Nanã
Que de fome foi vencida

Sua história é conhecida
Por livros que escreveu
Mesmo semi-analfabeto
Ele a mim convenceu
Poeta tem argumento
O verso é seu instrumento
Que o Divino lhe deu

Patativa não morreu
Sua verve continua
No cosmo e no infinito
Ainda tem lembranças sua
Nas noites silenciosas
Seus versos são como rosas
Que estão perfumando a rua

Sua obra se perpetua
Pela sua qualidade
O seu viver na pobreza
E a sua simplicidade
Desempenhou seu papel
Hoje ele mora no céu
Cantando a felicidade

Usou de autoridade
Ao criticar coronéis
Foi defensor da pobreza
Sem inverter os papéis
De sua imagem eu me lembro
Foi da Academia um membro
Sem mudar os seus víeis

Ele nunca usou anéis
De ouro, ou de formatura
Morou em casa de taipa
Seus versos tinham doçura
Poeta do Ceará
Escreveu meu “Boi Fubá”
Símbolo de sua cultura

Nunca teve formatura
Ao não ser a do Divino
Foi um sertanejo nato
Deus lhe deu esse destino
Como ele, hoje eu não vejo
E “A Suplica do Sertanejo”
É do meu sertão um hino.

Cumpriu aqui seu destino
Viveu quase um centenário
Um poeta sonhador
Defensor do operário
Escreveu com sentimentos
E pelos seus argumentos
Tornou-se extraordinário

Sem ser gênio literário
Foi gênio da poesia
Escreveu muitos poemas
Sem muita filosofia
Na arte foi um doutor
Externou com muito amor
Toda sua maestria 

AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
















quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"HOMENAGEM AO MENESTREL PATATIVA"




Discorrendo em poesia,
Matéria de invenção,
O juízo é energia
Do fator cognição;
E pesquisando alfarrábio
Faço leitura num sábio
Que outrora deu lição.

É bastante rebuscar
Uma retrospectiva,
E na historia remontar
À verve de fonte viva;
Pra dizer a excelência
Contida na sapiência
Do menestrel Patativa.

Vasto em capacidade;
Dono de talento nato;
Viveu a simplicidade
De um caboclo pacato;
Produziu em grau abundo;
Dialogando com o mundo,
Cantou da cidade ao mato.

Na arte, um genial
De rara percepção;
Seu pensamento, um canal
De pura imaginação.
Com pés na terra voou;
Sem ter glamour, encantou
Pouca gente e multidão.

Suas interpretações
Adentram ao ser humano;
Versam das contradições
De sagrado e de profano,
Das virtudes singulares
E no escarcéu dos mares
Do desvirtuar mundano

Herói sem portar medalha,
Um mestre sem instrução;
Sua bravura se igualha
A da gente do sertão.
Germinou na escassez
E compôs ao camponês
A nota doutra canção.

Impressionava com dotes
Aos intelectuais;
No porto dos holofotes,
Preferiu estar no cais.
No espaço que a mente abarca
Protagonizou a marca
Que o tempo não desfaz.

Um crítico por natureza:
Denunciou sem temor,
O orgulho e a torpeza,
A vida sofrendo a dor;
E com sensibilidade,
Desconheceu a vaidade
Que asfixia o amor.

Cognome passarinho;
Ao nome correspondeu.
Jamais pousou noutro ninho
Distante d'onde nasceu.
Nos sertões, a ave voa
E paira uma voz que ecoa:
“Patativa não morreu”.

AUTOR: MESSIAS TORRES.



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"MOTE EM DECASSÍLABOS EM HOMENAGEM A JOSÉ DE ALENCAR"




Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar
Mote criado e escrito por Davi Calisto Neto
Antônio Martins-RN, 10/02/2011.

Pode até ser comparado
Com sofrimento de Cristo
Este homem tão bem quisto
Parece não ter pecado
O exemplo que tem dado
Precisamos copiar
Um político popular
Nascido em Muriaé
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar

Mais de quinze cirurgias
Ele foi submetido
Esse seu viver sofrido
Não lhe tirou alegrias
Sem falar em nostalgias
Só fala em recuperar
Nunca pensou em parar
Não conhece a marcha ré
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar

Filho de família pobre
Conseguiu sobressaísse
 Um homem sem ter crendice
De caráter muito nobre
Nunca deu valor ao cobre
Por em Deus acreditar
Quando ele quer rezar
Vai à Igreja da Sé
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar

Lula foi favorecido
Por ter ele do seu lado
Da vida um apaixonado
Um exemplo a ser seguido
O povo está comovido
Por querer acreditar
Que o mundo pode ficar
Do jeito que ele é
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar

O seu sorriso estampado
No sofrimento e na dor
Mostra que o seu valor
Não pode ser comparado
Um homem resignado
Que conjuga o verbo amar
A todos que abraçar
Seja o rico ou a ralé
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar

 Esse homem escolhido
Pra seu meu representante
È por demais importante
Terá que ser promovido
Jamais será esquecido
Por quem lhe viu governar
Vai de José se lembrar
Por ser chamado José
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar

Sempre em Deus acreditou
Na dor e no sofrimento
Não quebrou seu juramento
Em Deus sempre confiou
Por tudo que já passou
Ninguém o viu blasfemar
Sofrendo sem reclamar
Diferente de Tomé
Vejo um exemplo de fé
Em José de Alencar




" A NOSSA FAUNA"



Como é que o peba respira
Dentro de um buraco fechado
O cachorro ao farejá-lo
Logo trabalha acuado
Sem GPS e radar
Sabe a onde o peba estar
Pelo seu faro aguçado

O servo é desconfiado
Por ser vítima do felino
Deus lhe deu velocidade
Mesmo sendo pequenino
Sua pele tem beleza
Mesmo com tanta destreza
Não se livra do destino

O gavião tem fascino
Na hora da emboscada
Só ataca de surpresa
Com sua garra  afiada
Já nasceu com esse extinto
Adora pegar o pinto
Que se afasta da ninhada

A raposa é viciada
Seu cardápio é a galinha
Escondendo-se do cachorro
Procura atacar sozinha
Tem a visão aguçada
Embosca na madrugada
Pra comer de manhazinha

A cascavel se encaminha
Para atacar de surpresa
Quem for mordido por ela
Não tem chance de defesa
Seja grande ou pequeno
Quem mata é o seu veneno
Que ela tem no pé da presa

Como dono da beleza
O pavão se apresenta
Sua cauda colorida
Como um leque se ostenta
Quando abre nos encanta
Porém quando ele canta
A todo mundo atormenta

A galinha se alimenta
Bicando de grão em grão
Sua carne é saborosa
E nos dá satisfação
É destaque nos banquetes
Não vive nos palacetes
Só que saber do lixão

O profeta é o carão
Que canta de madrugada
O seu grito é estridente
Não parece uma toada
Do urubu veste o terno
Canta avisando o inverno
Sem ter viola afinada

A hiena dar risada
Quando está atacando
Alimenta-se das carcaças
Que os leões vão deixando
Pra caçar não se aperreia
Vive da desgraça alheia
Para ir se alimentando

O tamanduá abraçando
Fica difícil soltar
O seu fucim é cumprido
Pra ele se alimentar
Não acha a vida ruim
Alimenta-se de cupim
Sem de nada reclamar

Fedorento é o gambá
Sua arma é a urina
Esse líquido lhe protege
Queima igual a gasolina
É também marsupial
Ela a ninguém faz o mal
Mas todo mundo abomina

Vivendo dentro a campina
João de barro é pioneiro
Não freqüentou faculdade
Mas também é engenheiro
Não tem caçamba nem carro
Faz sua casa de barro
Como se fosse um pedreiro

Nas galhas do juazeiro
O camaleão se soca
Dependendo do lugar
A sua pele ele troca
Com essa metamorfose
Não explica se é osmose
Ou espírito que ele invoca

Interessante é a foca
Também gosta de jogar
Na ponta do seu focinho
Uma bola equilibrar
Sem ter perna e sem ter mão
Faz isso por diversão
E para o dono agradar

E a baleia no mar
Com sua soberania
O maior dos animais
É isso que se anuncia
É difícil acreditar
É peixe e dar de mamar
Para alimentar a cria

Eu admiro é a jia
Com seu zabumba no peito
Só usá-lo no inverno
Na seca perde o efeito
Tem a sua intuição
Nunca canta no verão
Por dele ter preconceito

O macaco é sem respeito
Gosta de pornografia
No circo ele é trapezista
Na floresta ele é vigia
É um animal complexo
Ele adora fazer sexo
Faz isso por regalia

A porca quando dá cria
É difícil de contar
Apesar de ser pequena
Muitos filhotes ela dar
A sua cama é o chão
Mesmo sem ter instrução
A todos da de mamar

O cavalo ao relinchar
Mostra seu potencial
Tem respeito pelas as filhas
No seu ato sexual
Vem de longe a sua origem
Respeita quando ela é virgem
Mesmo ele sendo animal

AUTOR: DAVI CALISTO NETO.