domingo, 23 de março de 2014

"MOTE: VIM AO MUNDO SEM PEDIR/E VOU VOLTAR SEM QUERER"



MOTE: VIM AO MUNDO SEM PEDIR/E VOU VOLTAR SEM QUERER
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO


 No dia em que eu nasci
O meu pai ficou contente
Eu cheguei como um presente
Deram-me o nome de Davi
Nesse mundo eu cresci
E lutei para vencer
Quero me estabelecer
Não quero retroagir
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

Num momento de amor
Eu no ventre fui gerado
Por não ter sido abortado
Hoje sou um trovador
Meu pai um agricultor
Cumpridor de seu dever
Me ensinou a viver
Sem ao próximo perseguir
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

Antes de eu ser gerado
No útero que é fecundo
Eu não conhecia o mundo
Dele vivia isolado
Sem presente e sem passado
Sem alegria e prazer
Hoje quero permanecer
Não pretendo sucumbir
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

Como a morte é uma certeza
Toda vida é vulnerável
A morte é inevitável
Só ela é quem tem grandeza
A vida é uma vela acesa
Que a chama só quer crescer
Quando a luz escurecer
A vida tende a cair
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

O próprio Cristo morreu
Mesmo não tendo pecado
Por Barrabás foi trocado
Foi isso que aconteceu
A morte do Galileu
Teve que acontecer
Pra Pilatos perceber
Que ele matou o Rabir
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

Poucos foram arrebatados
Conforme a Bíblia traduz
Elias, e a mãe de Jesus
Esses foram transladados
Depois de serem julgados
E da morte sobreviver
O céu pode receber
Sem pecados a discutir
 Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

A velhice é um estado
Que ninguém quer aceitar
Mas quem velho não ficar
Vai ter que virar finado
Depois disse sepultado
Sem ter direito a nascer
O corpo a cova descer
Para o espírito subir
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer

Não quis o meu nascimento
Porém não quero morrer
Quando isso acontecer
Vai ser grande o sofrimento
Vou fazer um juramento
Que é pra morte me esquecer
Quando ela vim me ver
Não poder me conduzir
Vim ao mundo sem pedir
E vou voltar sem querer





"NOTE: O DIA PARTE CHORANDO/À NOITE CHEGA SORRINDO"

À noite é palco de amores
O dia arena de lutas
A noite é das prostitutas
Que despreza os seus valores
O dia é dos transgressores
Que estão se prostituindo
A justiça permitindo
Que eles vivam no comando
O dia parte chorando
A noite chega sorrindo

A noite de capa preta
Cobrindo a cara do crime
Sem mudanças no regime
Em sem alterar faceta
O uso da escopeta
Marginais se divertindo
O drogado consumindo
E o povo se ferrando
O dia parte chorando
A noite chega sorrindo

O dia trás esperança
À noite perturbação
O dia mostra amplidão
À noite o homem descansa
Nessa vida que se avança
O dia está iludindo
O ser humano fingindo
Que está se completando
 O dia parte chorando
A noite chega sorrindo

Quando o sol no horizonte
Não mostra mais sua luz
À noite com seu capuz
Passa a ser dominante
Nesse blecaute constante
Que a noite está produzindo
O dia que está fugindo
Fica a aurora esperando
O dia parte chorando
A noite chega sorrindo

A noite dos namorados
Dos amores proibidos
O dia dos iludidos
Que estão apaixonados
Noite antro dos pecados
De quem está se divertindo
Mulheres falsas mentindo
A seus parceiros enganando
O dia parte chorando
A noite chega sorrindo

Cenários de ilusões
À noite tem produzido
E o dia tem conduzido
As suas revelações
Diante das emoções
Sofre que está sentindo
A dor de quem está indo
Lágrimas de quem esta ficando
O dia parte chorando
À noite chega sorrindo 

Escreveu: Davi Calisto Neto.


segunda-feira, 10 de março de 2014

"A CANETA E A ENXADA" VERSOS EM SETE LINHAS.



VERSOS EM SETE LINHAS DESCREVENDO, O TEMA: O VALOR DA CANETA E DA ENXADA.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

A enxada e a caneta
São instrumentos de luta
Uma na mão do doutor
Que impera absoluta
A enxada é sem valor
Por ser o agricultor
Que esse instrumento executa

A caneta é a batuta
Que comanda a economia
Mas se não fosse a enxada
Ela não existiria
Caneta é evolução
A enxada a produção
Que a humanidade cria

Na soma do dia a dia
A caneta faz progresso
Desde o tempo de Adão
Que a enxada faz sucesso
A caneta é o talento
A enxada o sofrimento
Do sertanejo disperso

Nesse seu papel inverso
Ela é injustiçada
A caneta representa
Uma elite reservada
Caneta é condecorada
Mas se não fosse à enxada
Na terra não tinha nada  

A caneta é reservada
A enxada é popular
Através do seu trabalho
A enxada pode dar
Ao povo sustentação
 Ao mundo alimentação
Para a caneta brilhar

Eu não quero comparar
A enxada com a caneta
Mas se não fosse à enxada
Sei que a coisa estava preta
O povo estava como fome
Ninguém escrevia o nome
Em papel ou tabuleta

Vou dar valor à caneta
E engrandecer as enxadas
Todas duas são importantes
Nessas suas caminhadas
Caneta pra educação
Enxada pra produção
Não devem ser separadas

Se forem descriminadas
O mundo perde o valor
A caneta é necessária
Pra promover o Doutor
Cada uma é consagrada
Pois se não fosse à enxada
Não havia agricultor