segunda-feira, 30 de maio de 2016

"A DESOBEDIÊNCIA"

A DESOBEDIÊNCIA DE ADÃO E EVA.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.



Deus quando fez a mulher
Estava de bom humor
Botou beleza e ternura
Deu-lhe o perfume da flor
Se arrependeu de ter feito
Mas já estava sem jeito
Por ser o símbolo do amor

Adão quando se acordou
Que se viu ao lado dela
Foi logo dizendo a Deus
Nunca vi coisa mais bela
Adão cheio de alegria
Deus disse é sua companhia
Mas não pode tocar nela

Adão faltava a costela
Porém de nada notou
Embelezado com Eva
O seu corpo admirou
De amor embriagado
A Deus deu muito obrigado
Por tudo que ele criou

Deus para Adão falou
Esse Éden é todo seu
Tem um fruto escondido
Que aqui no jardim nasceu
A ninguém vá dar ouvido
Que esse fruto é proibido
Que comeu dele morreu

Eva não obedeceu
De Deus não teve temor
E foi ouvi a serpente
Com seu papo enganador
Por ela foi iludida
Come a fruta proibida
Contrariando o Senhor

Eva da fruta gostou
Pois nunca tinha provado
Mas depois caiu em si
Os dois estava pelado
Adão pra Eva falou
Satanás nos enganou
Esse fruto é o pecado

Ficaram envergonhados
Pelo erro cometido
Adão por temer a Deus
Ficou logo estremecido
Sem querer se apresentar
Por despido se encontrar
E Eva sem ter vestido

Como mulher e marido
A vida ali começava
Não ficaram mais no Éden
Para a terra regressava
Adão perdeu o seu posto
Com o suor do seu rosto
A terra ele cultivava

A terra eles habitavam
Com a sua geração
Com sofrimento e com dor
Eva tinha a gestação
Para se multiplicar
Tinha Adão que trabalhar
Pra ter alimentação

Começava a perdição
Com o pecado instalado
Adão teve que pagar
Pelo erro praticado
Caim matou seu irmão
Crime e prostituição
Na terra foi adotado

Cristo foi crucificado
Para nos dar o perdão
O seu sangue derramado
Foi quem nos deu salvação
O mundo será julgado
Pelo o erro praticado
Cometido por Adão 



terça-feira, 24 de maio de 2016

MOTE EM SETE SÍLABAS, DESCREVENDO O VALOR DA MÃE.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.


Minha mãe já é velinha
Já conta oitenta e três
Por tudo que ela me fez
Ela é minha rainha
Não vou lhe deixar sozinha
Por ser seu maior amigo
Vou lhe livrar do perigo
Impedir seu sofrimento
Morro e não pago um por cento
Do que mamãe fez comigo

Nove meses me carregou
No seu ventre protegido
Hoje estou agradecido
Porque mamãe me gerou
Foi ela quem me criou
Sem nunca me dar castigo
Pediu que fizesse amigo
E eu cumpri o juramento
Morro e não pago um por cento
Do que mamãe fez comigo

Minha mãe a professora
Que me deu ensinamentos
Aceitei seus argumentos
Por ela ser protetora
Como minha genitora
Me deu amor e abrigo
Não esqueci um artigo
Desse seu comportamento
 Morro e não pago um por cento
Do que mamãe fez comigo

Mamãe quem me acalentou
Cantou canção de ninar
Deu seu peito pra eu mamar
Seu leite me alimentou
As minhas fraudas trocou
Também limpou meu umbigo
Fez pra mim papa de trigo
No bolo botou fermento
Morro e não pago um por cento
Do que mamãe fez comigo

"A VALORIZAÇÃO DA TOCHA OLÍMPICA"

A VALORIZAÇÃO DA TOCHA OLÍMPICA
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.

Preservar as tradições
É bom que a gente faça
Sem esquecer os problemas
Que a sociedade passa
Valorizando uma tocha
Que só tem fogo e fumaça

Por onde essa tocha passa
Acompanha multidões
Por uma questão de status
Ou mesmo de tradições
A mídia afim de vender
Sonhos e desilusões

Intercambio das Nações
De forma espetacular
Desprezando o sofrimento
De uma classe popular
Que nem a feira do mês
Tem dinheiro pra comparar

Não sou eu que vou mudar
A vaidade do povo
No mundo globalizado
Cada dia um fato novo
Pra quem pensa diferente
Não terá o meu aprovo

Ao ver isso me comovo
Por não ser interessante
Tantas pessoas doentes
Isso sim, é importante
Priorizar a saúde
Não uma tocha fumegante

Se estou sendo ignorante
Ao leitor peço perdão
Mas eu não vi um artista
Com um pedido na mão
Pra melhorar a saúde
A fome e a educação

Com uma tocha na mão
Vejo muitos empolgados
Mas os índices de violência
Se encontram extrapolados
Projetos sem fundamentos
Pesquisas sem resultados

O Rio ovacionado
Por receber o evento
O desgaste do Congresso
Que não tem nem dez por cento
A tocha olímpica é quem é
A sensação do momento

Será que esse instrumento
Deve ser valorizado
A situação caótica
Que o Brasil está mergulhado
Será que essa tocha olímpica
Vai nos trazer resultado

Uma tradição do passado
Isso eu quero ressaltar
Que esse símbolo da paz
Possa o Brasil transformar
Que a tocha do amor
Jamais possa se apagar  

    



sexta-feira, 6 de maio de 2016

"MOTE: RECONHEÇO O RETRATO DA SAUDADE/NA PAREDE DA MINHA SOLIDÃO"

Muitas fotos expostas na parede
Relembrando um passado de alegria
E a foto mais velha eu sabia
Da história contar o seu enredo
O meu tio chamado de Alfredo
Que a mim ele tinha atenção
A tristeza invadiu meu coração
Relembrei desse tio a mocidade
Reconheço o retrato da saudade
Na parede da minha solidão

Quantos rostos ali tinham estampados
Muitos deles já tinham falecido
E o som da saudade em meu ouvido
Me falava de dias já passados
Muitos sonhos sem ser realizados
Que o tempo mostrava essa razão
Muitos jovens e também um ancião
Que outrora ainda tinha liberdade
Reconheço o retrato da saudade
Na parede da minha solidão

A parede ali acinzentada
Testemunha de muitas fantasias
Ninguém sabe somar a quantos dias
Cada foto que estava ali pregada
Algumas delas já estava rasgada
Que o tempo perverso em sua ação
Fez com que só restasse solidão
De um passado de pura vaidade
Reconheço o retrato da saudade
Na parede da minha solidão

Ao erguer os meus olhos para cima
Eu fitei com saudade aquela imagem
Seu semblante passava uma mensagem
Desse homem que eu tinha grande estima
Do seu lado estava minha prima
Que a mim me deixou recordação
Meu avô sustentava a sua mão
Como gesto de amor e caridade
Reconheço o retrato da saudade
Na parede da minha solidão

A parede servindo de painel
Para expor as lembranças do passado
Cada rosto ali era lembrado
Como fosse a conquista de um troféu
Como a vida parece um carrossel
Que a gente não tem muita opção
Uma hora em cima outra no chão
Demonstrando da vida essa verdade
Reconheço o retrato da saudade
Na parede da minha solidão

Mote: José Fonseca de Queiroz
Escreveu: Davi Calisto