quinta-feira, 25 de janeiro de 2018



OS MALES DO CARNAVAL.
ESCREVFEU: DAVI CALISTO NETO
ANTÔNIO MARTINS-RN, 09/02/2018.


O carnaval é uma festa
Onde acontece de tudo
Os princípios são quebrados
O caráter é desnudo
A vergonha é esquecida
Desvaloriza-se a vida
Em busca de emoções
Virgindades são perdidas
Com as mulheres despidas
Provocando incitações

Depois de pintar a cara
A juventude extravasa
Uma festa pornográfica
Que o desejo cria asa
A mulher fica barata
Tudo aceita, tudo acata.
Sem nenhuma restrição
Tudo em nome do amor
Perde-se todo pudor
Na prática da relação

Ver-se em cada folião
Um misto de ansiedade
Os sonhos de aventuras
A falsa felicidade  
Paixões mal correspondidas
 Relações não resolvidas
De algum carnaval passado
O sexo sem proteção
Que gerou um embrião 
Que depois foi abortado

Como fruto do pecado
De um amor sem compromisso
O carnaval é a festa
Que acontece tudo isso
Três dias de empolgação
Onde cada folião
Esquece a identidade
Deixa tudo acontecer
Tudo em nome do prazer
Longe da realidade

Festa da promiscuidade
Onde tudo é permitido
O homem deixa a mulher
A mulher larga o marido
Em busca de aventura
Finda fazendo loucura
Num frenesi sem saída
Na farra e na bebedeira
Finda fazendo besteira
E perdendo a própria vida

As jovens desiludidas
Com juras falsas de amor
Muitos beijos foram dados
Sem ter paixão nem sabor
Muitas delas se entregam
Depois do Carnaval carregam
Os filhos indesejados
Seus efeitos são complexos
Sem limitações de sexos
No carnaval praticados



      
 

   
                                             MOTE: SILVANO LYRA 
                                   ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Louro Branco foi um mito
Como ele eu não vejo
Era o rei do gracejo
Seu talento era infinito
Deixou um acervo escrito
Canções que o povo adora
Quem recordar dele chora
Eu mesmo sou um da lista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora

Com o seu chapéu virado
Ele reinou majestoso
Tinha um ticte nervoso
Mas sempre foi respeitado
O seu verso improvisado
Que tanto o poeta explora
Quem só escreve e decora
Fica difícil a conquista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora

Foi simples como um cordeiro
Com um linguajar de matuto
Mas foi um poeta astuto
O seu verso era ligeiro
Respeitava o companheiro
No seu lugar ou lá fora
A poesia hoje chora
Mas o céu ganhou conquista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora

Subiu para eternidade
Esse vate nordestino
Seu coração de menino
Vai deixar muita saudade
Um homem de lealdade
Respeitou sua senhora
Hoje no céu ele mora
Cantando e dando entrevista
Louro Branco o repentista
Sem avisar foi embora